A polícia está investigando a morte de um colaborador que ajudou a denunciar recebimentos de propina por delegados. Identificado apenas como Fabrício, o homem foi executado a tiros de fuzil no ano passado. Nesta quinta-feira (18), foi deflagrada a operação Infiltrados. Na ação, dois delegados e cinco inspetores da Polícia Civil foram presos. Eles são suspeitos de receberem propina para libertar presos. As investigações começaram em maio de 2017, após a prisão de um traficante da comunidade da Chatuba. Ele foi preso em casa e encaminhado para 53ª DP onde, segundo as investigações, foi mantido em cárcere privado. Para libertá-lo, os agentes teriam cobrado R$ 53 mil, mas as negociações acabaram em R$ 10 mil e o traficante foi liberado. De acordo com as investigações, as propinas eram cobradas pelos policiais de acordo com o crime. Os policiais foram denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, extorsão mediante sequestro, roubo qualificado, concussão – quando há vantagem financeira indevida -, e constrangimento ilegal. Caso condenados, as penas podem varias entre 17 a 40 anos de prisão.